CanalCanoa
Colaborando com líderes, pajés, e crianças, CanalCanoa documenta as riquezas das culturas indígenas do Brasil, usando o espelho da câmera para valorizar os conhecimentos e as práticas deles.
O que é o CanalCanoa
Crianças indígenas desfrutam riquezas perdidas em grande parte do mundo desenvolvido:
- a liberdade de explorar a natureza abundante e experimentar a ciência-como-curiosidade;
- o prazer da brincadeira coletiva e autônoma com seus pares;
- a oportunidade de aprender lado a lado com adultos enquanto esses remam, caçam, pescam e cultivam.
Muitos estudos neuro-científicos mostram que estes elementos são essenciais ao desenvolvimento infantil, e profissionais de políticas públicas no mundo inteiro tentam promover atividades similares para crianças pequenas.
CanalCanoa documenta narrativas e práticas que comunidades indígenas consideravam importantes registrar, entendendo que os jovens e crianças, ainda aquelas em meio a florestas e rios mais distantes, estão engajados em tecnologia e se espelham no que é veiculado nela.
Essas gravações foram pré editadas e uma equipe de educadores indígenas exibiu os filmes resultantes para dezenas de pequenos grupos (batizados por Ajuris [mutirões] de Conhecimento) para estimular a discussão, a reflexão e a ação cultural para estimular boas práticas para o desenvolvimento da primeira infância.
A cultura amazônica é pragmática. Nas aldeias tradicionais, toda a comunidade se reúne todas as manhãs, fala sobre temas da atualidade – falta de peixe ou caça, proposta de coivara para uma nova roça de mandioca, como lidar com javalis na horta – e desenvolve estratégias coletivas.
Os ajuris serviam ao mesmo propósito: um espaço para os pais se reunirem com seus vizinhos para pensar sobre a educação dos filhos e resolver problemas comuns.
Os resultados mostram que quando a política pública entra e diálogo igualitário com comunidades indígenas, as crianças e as famílias se beneficiam. O ajuri da Primeira infância fez esse diálogo.
Equipe
Izoneia Araújo
Liziane Lizardo
Lorena Araújo
Paulo Desana
André Hipattairi Baniwa
Rita de Cácia Oenning da Silva
Kurt Shaw
Financiadores do CanalCanoa
O que é o CanalCanoa
Crianças indígenas desfrutam riquezas perdidas em grande parte do mundo desenvolvido:
- a liberdade de explorar a natureza abundante e experimentar a ciência-como-curiosidade;
- o prazer da brincadeira coletiva e autônoma com seus pares;
- a oportunidade de aprender lado a lado com adultos enquanto esses remam, caçam, pescam e cultivam.
Muitos estudos neuro-científicos mostram que estes elementos são essenciais ao desenvolvimento infantil, e profissionais de políticas públicas no mundo inteiro tentam promover atividades similares para crianças pequenas.
CanalCanoa documenta narrativas e práticas que comunidades indígenas consideravam importantes registrar, entendendo que os jovens e crianças, ainda aquelas em meio a florestas e rios mais distantes, estão engajados em tecnologia e se espelham no que é veiculado nela.
Essas gravações foram pré editadas e uma equipe de educadores indígenas exibiu os filmes resultantes para dezenas de pequenos grupos (batizados por Ajuris [mutirões] de Conhecimento) para estimular a discussão, a reflexão e a ação cultural para estimular boas práticas para o desenvolvimento da primeira infância.
A cultura amazônica é pragmática. Nas aldeias tradicionais, toda a comunidade se reúne todas as manhãs, fala sobre temas da atualidade – falta de peixe ou caça, proposta de coivara para uma nova roça de mandioca, como lidar com javalis na horta – e desenvolve estratégias coletivas.
Os ajuris serviam ao mesmo propósito: um espaço para os pais se reunirem com seus vizinhos para pensar sobre a educação dos filhos e resolver problemas comuns.
Os resultados mostram que quando a política pública entra e diálogo igualitário com comunidades indígenas, as crianças e as famílias se beneficiam. O ajuri da Primeira infância fez esse diálogo.
Equipe
Izoneia Araújo
Liziane Lizardo
Lorena Araújo
Paulo Desana
André Hipattairi Baniwa
Financiadores do CanalCanoa
Impacto do CanalCanoa
Cerca de 1186 adultos e 1148 crianças participaram do projeto, com um adicional de 44.000 beneficiários indiretos.
Apoiado por cientistas da Universidade de Harvard, usamos capacidade linguística como atalho para medir desenvolvimento cognitivo, e descobrimos que depois de participar em sete sessões de ajuri, pais e avós aumentaram dramaticamente a estimulação linguística de bebês e crianças pequenas.
60% contaram mais histórias.
Em 30% dos grupos, pais e avós cantaram mais para os filhos e, em outros 30%, as crianças passaram a solicitar histórias e canções, e a contá-las ou cantá-las entre si, irmãos mais novos e primos.
O modelo Harvard vê multilinguismo como jeito de medir flexibilidade cognitiva e função executiva, assim que o fato que 80% começaram a falar mais com seus filhos em línguas nativas é de suma importância para o futuro dessas crianças, assim como para a preservação da diversidade linguística mundial.
Tanto para comunidades indígenas como para a avaliação de políticas públicas, nutrição e crescimento físico são metas imprescindíveis. Em 56% dos ajuris urbanos, os participantes começaram a plantar nos seus quintais.
Três quintos dos participantes disseram que aprenderam como complementar a medicina tradicional e ocidental. Em 70% dos ajuris, os participantes usaram mais remédios fitoterápicos e caseiros.
Em mais da metade dos grupos, as mulheres mais velhas começaram a voltar a cultivar e em alguns casos distribuir remédios fitoterápicos tradicionais.
O resultado mais importante, no entanto, não foram essas ações pragmáticas em si mesmo, mas as redes sociais aprimoradas que surgiram delas.
À medida em que as famílias se mudam das vilas para a cidade, elas podem ter enfraquecidas redes de apoio intergeracional necessárias para criar os filhos.
Ao reunir pais e avós – frequentemente com xamãs, parteiras, enfermeiras e agentes de saúde pública – CanalCanoa recriou esta rede informal de segurança social.
Nem havíamos planejado documentar esse resultado, mas todos os participantes entrevistados espontaneamente o citaram como o resultado mais importante do processo.
Impacto do CanalCanoa
Cerca de 1186 adultos e 1148 crianças participaram do projeto, com um adicional de 44.000 beneficiários indiretos.
Apoiado por cientistas da Universidade de Harvard, usamos capacidade linguística como atalho para medir desenvolvimento cognitivo, e descobrimos que depois de participar em sete sessões de ajuri, pais e avós aumentaram dramaticamente a estimulação linguística de bebês e crianças pequenas.
60% contaram mais histórias.
Em 30% dos grupos, pais e avós cantaram mais para os filhos e, em outros 30%, as crianças passaram a solicitar histórias e canções, e a contá-las ou cantá-las entre si, irmãos mais novos e primos.
O modelo Harvard vê multilinguismo como jeito de medir flexibilidade cognitiva e função executiva, assim que o fato que 80% começaram a falar mais com seus filhos em línguas nativas é de suma importância para o futuro dessas crianças, assim como para a preservação da diversidade linguística mundial.
Tanto para comunidades indígenas como para a avaliação de políticas públicas, nutrição e crescimento físico são metas imprescindíveis. Em 56% dos ajuris urbanos, os participantes começaram a plantar nos seus quintais.
Três quintos dos participantes disseram que aprenderam como complementar a medicina tradicional e ocidental. Em 70% dos ajuris, os participantes usaram mais remédios fitoterápicos e caseiros.
Em mais da metade dos grupos, as mulheres mais velhas começaram a voltar a cultivar e em alguns casos distribuir remédios fitoterápicos tradicionais.
O resultado mais importante, no entanto, não foram essas ações pragmáticas em si mesmo, mas as redes sociais aprimoradas que surgiram delas.
À medida em que as famílias se mudam das vilas para a cidade, elas podem ter enfraquecidas redes de apoio intergeracional necessárias para criar os filhos.
Ao reunir pais e avós – frequentemente com xamãs, parteiras, enfermeiras e agentes de saúde pública – CanalCanoa recriou esta rede informal de segurança social.
Nem havíamos planejado documentar esse resultado, mas todos os participantes entrevistados espontaneamente o citaram como o resultado mais importante do processo.